14 de abril de 2014

Uma explicação das tradições da Semana Santa na história da Igreja

Caríssimos Leitores,

Salve Maria!

Terminada as reformas no site, para alimentar o espírito da Semana Santa, enviamos o texto abaixo, traduzido por nós rapidamente do inglês.

In Xto,
Grupo S. Domingos de Gusmão.



Uma explicação das tradições da Semana Santa na história da Igreja.


NOMES - Na Igreja Grega a Semana Santa leva o título solene de "Grande e Sagrada Semana" (He hagia kai megale hebdomas). Na Igreja Latina o termo oficial é "Semana Maior" (hebdomada major). Os nomes populares são "Grande Semana" entre as nações eslavas e "Semana Santa" noutros países. O nome germânico Karwoche significa "semana de luto". Nos tempos antigos a Semana Santa era também chamada "Semana de Remissão", uma vez que os pecadores públicos eram absolvidos na Quinta-feira Santa. Outro nome era "Semana Laboriosa" (semaine peineuse) por causa do maior peso da penitência e jejum. Os fiéis  das Igrejas Orientais também chamam-na "Semana da Salvação".

OBSERVÂNCIA - Desde o início da Cristandade, esta semana foi sempre dedicada a uma comemoração especial da Paixão e morte de N. Senhor pela prática da meditação, oração, jejum e penitência. Depois das grandes perseguições, os imperadores cristãos das duas partes do Império Romano emitiram vários decretos proibindo não somente divertimentos e jogos, mas também o trabalho regular do comércio, negícios, profissões e côrtes. Os dias sagrados deviam ser livres das ocupações mundanas, inteiramente devotados aos exercícios religiosos. Todos os anos durante a Semana Santa, um edito imperial garantia o perdão à maioria daqueles detidos na prisão; nas côrtes, muitas acusações eram retiradas em honra da Paixão de Cristo.


Seguindo este costume, reis e governantes na Idade Média deixavam todos os negócios seculares durante a Semana Santa para aproveitar o tempo no recolhimento e oração, frequentemente na solidão de um mosteiro. Agricultores deixavam de lado suas plantações, artesãos as suas ferramentas, escolas e escritórios do governo eram fechadas e as côrtes não trabalhavam. A piedade popular levou não somente ao banimento da música, dança e canto secular, mas também da caça e de outros esportes. Era verdadeiramente uma semana silenciosa e santa, mesmo na vida pública.

O Tríduo Sagrado da Semana Santa (Quinta, Sexta e Sábado) foi de preceito por toda a Idade Média. O povo cristão, livre dos trabalhos servis, estava presente nas cerimônias impressionantes destes dias. Devido às mudanças nas condições sociais, o Papa Urbano VIII, em 1642, rescindiu esta obrigação. Apesar do caráter sagrado que carregam, os últimos três dias da Semana Santa têm sido classificados [em muitos lugares] como dias de trabalho, não obstante a ênfase dada a importância desdes doas pela reforma litúrgica ordenada por Pio XII em 1955.

PURIFICAÇÃO ORIENTAL - De acordo com uma antiga prática, os três dias depois do Domingo de Ramos eram devotados em muitos países por uma limpeza pesada da casa, a mais vigorosa do ano todo. Tapetes, almofadas, poltronas e colchões eram levados para fora de casa e toda poeira chacoalhada. As mulheres limpavam e enceravam o chão e os móveis, mudavam as cortinas, lavavam as janelas; a casa estava cheia de atividade. Nenhum tempo é perdido no trabalho usual de cozinha; as refeições são leves e frugais. Na noite da Quarta-feira, tudo estava em seus lugares, em perfeita ordem e cheirando limpeza, pronto para a grande festa. Na Polônia e noutros países eslavos, as pessoas também decoravam suas casas com plantas verdes e flores artificais feitas de papel colorido com formas tradicionais.

Esta limpeza tradicional da Primavera [no hemisfério Norte] é evidentemente para deixar a casa o mais arrumada possível para as maiores festas do ano, um costume que vem desde as antigas práticas judaicas de purificação e limpeza de toda a casa prescrias na preparação para a Festa da Páscoa.


Extraído do  "Handbook of Christian Feasts and Customs", de Francis X. Weiser, S.J., Harcourt, Brace and Company, New York, 1958"

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