10 de janeiro de 2011

Comendo e bebendo nunca nos esqueçamos de Deus

Antes e depois das refeições

Devemos agradecer a Deus o sustento que nos dá, e pedir-lhe que nos preserve dos pecados que ordinariamente se cometem à mesa ou depois de comer.

Antes de comer, Jesus dava sempre graças a seu Pai celeste (S. Marc. VIII, 6); ordinariamente elevava os olhos ao céu, depois inclinava a cabeça, como fez na última Ceia: queria Ele dizer com isso: “Pai, eu vos agradeço”.  “Quando comerdes, diz Moisés, e todos estiverdes saciados, tomai muito cuidado que não esqueçais do Senhor” (Deut. VI, 12). Daniel na coava dos leões deu logo graças pelo alimento que enviara (Dan. XIV, 37). Quem não ora antes nem antes nem depois de comer, é semelhante aos animais irracionais (1). – Os pecados que muitas vezes se cometem à mesa são: a intemperança, a ira (porque os alimentos não são tão bons como queríamos), a maledicência; além disso, quando o corpo fica bem alimentado de mais, elevam-se nele numerosas tentações de preguiça, ira, impureza, tentações a que David e muitos outros sucumbira: mais um motivo para não deixarmos de orar antes e depois das refeições. Comendo e bebendo nunca nos esqueçamos de Deus.

(1) Afonso, rei de Aragão, quis um dia fazer compreender aos seus cortesãos a necessidade de orar antes e depois de comer. Convidou um dia um mendigo para a mesa real e proibiu-lhe severamente que saudasse o rei ao entrar na sala e que lhe agradecesse depois de ter jantado. O mendigo assim fez, e os cortesãos irritados com o seu procedimento não puderam conter-se que o não censurassem. “Vós não procedeis melhor para com o Rei do céu, lhes disse Afonso: vós não lhe pedis; não lhe agradeceis. Julgais que ele esteja menos indignado por causa da vossa conduta do que vós pelo procedimento deste mendigo?”. Desde então os cortesão nunca mais esqueceram as suas orações. – Um dia em que uma espantosa saraivada estragava as colheitas, uma criancinha não teve medo de dizer ao pai: “Este castigo é Deus que no-lo manda, porque temos sido muito ingratos com ele e temo-nos esquecido de rezar à mesa”.

Catecismo Católico Popular - Francisco Spirago

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