20 de maio de 2011

A Honra de ajudar à Santa Missa

[Tesouro de Exemplos, Ed. Vozes, 1958. Pe. Francisco Alves, C. SS. R. P. 27]

Foi em 1888, Ano Jubilar do Santo Padre Papa Leão XIII. Num dos altares da Basílica de São Pedro encontravam-se dois sacerdotes: um era prelado romano e cônego da Basílica Vaticana; o outro era o bispo duma diocese italiana, vindo a Roma para assistir às festas jubilares.


O prelado romano, que se dispunha para celebrar a missa, olhava inquieto ao redor, porque seu ajudante não aparecia. O Bispo, que estava ajoelhado ali perto, aproxima-se com grande simplicidade e diz:


- Permita-me, Monsenhor, que seja eu o ajudante de sua Missa?

- Não, Excelência, não o permitirei: não convém a um Bispo fazer de coroinha.

- Por que não? garanto-lhe que darei conta.

- Disso não duvido, Excelência; mas seria muita humilhação. Não, não o permitirei.

- Fique tranqüilo, meu amigo. Depressa ao altar; comece: Introíbo...

Dito isto, o Bispo ajoelha-se e o prelado teve que ceder. Assistido por seu novo ajudante, o prelado romano prosseguia a sua Missa, o celebrante se desfez em agradecimentos perante o Bispo.

Aquele pio e humilde ajudante, vinte anos mais velho que o prelado romano, era a glória da diocese de Mântua, D. José Sarto, o futuro Papa Pio X, hoje canonizado por Pio XII.

Para o Cruzadinho, amigo fervoroso de Jesus Eucarístico, náo deve haver honra nem glória maior do que poder ajudar devotamente o sacerdote ao altar.

Fonte: http://www.saopiov.org

2 comentários:

  1. Quando era criança, depois da primeira comunhão, fui convidado pelo padre que me batizou, para aprender a ser ajudante na Santa Missa, celebrada em latim, de manhã cedo, antes de ir para a escola,porque o sacristão fora proibido dessa missão, por comportamentos impróprios, que não vou divulgar.
    Tinha apenas 9 anos quando fui instruido: depois do horário da escola, tinha algumas tarefas a cumprir.
    -Conduzir um pequeno rebanho até às pastagens; descalço, porque não nasci em berço de ouro, mas no seio de uma família pobre e rural; levava comigo, a tiracol, o pequeno saco que continha os livros da 2ª classe,já muito usados por meus irmãos mais velhos, porque não havia possibilidades de comprar novos; enquanto o rebanho pastava, sem o perder de vista, eu exercia as tarefas de pastor, e de estudante, até ouvir os sinos com sinal das Trindades. Era o sinal de de terminar os trabalhos no campo, rezar tres Avé-Marias e regressar a casa com o pequeno rebanho; depois a ceia, junto da lareira,em que minha saudosa mãe alertava o compromisso do batismo, a toda a fmilia presente´; de mãos erguidas ela dava início à oração, era assim antes e depois de simples refeições que se dava graças a Deus e se pedia o pão de cada dia.
    Após a ceia, tinha o compromisso de ir de noite com minha saudosa mãe, à igreja matriz porque o padre Américo, (assim se chamava) já me esperava para me ensinar a ser ajudante na Santa Missa.
    Passado algum tempo, tive a honra de estar ao serviço da Igreja de Cristo, que minha saudosa mãe me ensinou a amar desde criança. Dário Costa

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  2. Maravilhosa vossa história, sr. Dário. Tempos alegres em que as famílias eram tão católicas e piedosas. Deus o abençoe!

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Grupo São Domingos de Gusmão.