4 de julho de 2011

Pequeno Catecismo do Namoro

Que é “namoro”?

Namoro é o período em que o rapaz e a moça procuram conhecer-se em preparação para o matrimônio.
Em que consiste o matrimônio?

No matrimônio homem e mulher doam seus corpos, constituem uma só carne e tornam-se instrumentos de Deus na geração de novas vidas humanas.

Então, em que deve consistir a preparação ao matrimônio?

Antes de dar os corpos é preciso doar as almas. No namoro os jovens procuram conhecer não o corpo do outro, mas sua alma.

Que conclusão podemos tirar daí?

Os namorados não podem ter relações sexuais (fornicação), nem atitudes contrarias à castidade.

Por quê?

Pois o corpo do outro ainda não lhes pertence, pelo sacramento do matrimônio religioso. Unir-se ao corpo alheio, antes do casamento na Igreja é um pecado contra a castidade e contra a justiça, e como nosso corpo é o templo do Espírito Santo (1 Cor. 6, 19), a profanação de nosso corpo é algo semelhante a um sacrilégio.

São permitidos os abraços e beijos?

Não é apenas a fornicação que é pecado, mas também tudo o que provoca o desejo da fornicação, como abraços e beijos.

Não podem ser considerados como simples expressões de afeto?

Não, já que muitíssimo mais do que constituírem expressões de afeto, despertam, alimentam e exacerbam o desejo físico. Aliás, é possível profanar o templo do nosso corpo até por um pensamento: “Todo aquele que olha para uma mulher com mau desejo já cometeu adultério com ela em seu coração” (Mat. 5, 28).

Que conseqüências praticas tiramos disso?

Durante o namoro deve evitar o contato físico, como abraços e beijos, que já constitui uma entrega física que, se acidentalmente pode não se consumar, no entanto prepara o apressa. Vale aqui lembrar a advertência de Cristo: “Vigiai e orai para não cairdes em tentação. O espírito é pronto, mais a carne é fraca” (Mt 26, 41).

Que outra conseqüência tirais disso?

O prazer da excitação dos sentidos torna-os incapazes de perceber a beleza da alma do outro. O namoro assim deixa de ser uma ocasião de amar para ser uma ocasião de egoísmo a dois, cada uno desejando sugar do outro o máximo prazer.

Como, então, deve-se namorar?

Sendo o namoro o encontro de dois templos sagrados que desejam conhecer-se e amar-se interiormente, os namorados deveriam agir a semelhança de um rito litúrgico:

1- Rezar antes e depois do namoro;

2- Namorar apenas em lugar visível, para evitar ocasiões de pecar. Nada há para esconder.

3- Durante o namoro evitar ir além de conversar e dar as mãos.

4- Ter sempre em mente: “Eu estou diante de um templo sagrado. Ai de mim se eu profanar este templo até por um pensamento!”

5- Depois do namoro convém fazer um exame de consciência: “Estou agora amando a Deus mais do que antes?”

E se o outro não aceitar namorar cristãmente?

É preciso renunciar ao namorado (à namorada): “Aquele que ama pai ou mãe mais do que a mim não é digno de mim” (Mt 10, 37). O que poderíamos acrescentar: “Aquele que ama o namorado ou a namorada mais do que a mim não é digno de mim”. Para conservar a graça que Jesus Cristo nos conquistou a preço do seu Sangue, devemos renunciar à própria vida, e com maior razão ao namorado (à namorada).

Não é isso muito duro?

Sim é duro, mas tem um consolo. Se o outro não aceita namorar senão a través de beijos e abraços escandalosos, na verdade ele não ama você, mas deseja gozar do prazer que você pode oferecer. O verdadeiro amor sabe esperar. A reta intenção incluí a prudência, autodomínio, fundamento da castidade conjugal.

Mas, é realmente preciso ser diferente de todo o mundo?

Sim, o cristão deve ser o sal da Terra (Mt 5, 13, luz do Mundo (Mt. 5, 14), fermento na massa (Mt. 13, 33). “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos, renovando a vossa mente, a fim de poderdes discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, agradável e perfeito” (Rm. 12, 2).

Mas não é levar uma vida muito triste?

Aquele que procura o prazer, encontra o prazer. Mas depois vem o vazio, o remorso de consciência e a tristeza de ter pecado. Aquele que se abstém do prazer ilegítimo, por obediência a Jesus Cristo, encontra a alegria e a felicidade: “Bem aventurados os puros porque verão a Face de Deus” (Mt. 5, 8).

Que significa isso?

Isso significa que a alegria da pureza está acima do prazer da impureza assim como o Céu está acima da Terra. Ao olharmos para os olhos de uma pessoa pura, vemos algo de divino em sua alma, algum reflexo deste Deus que contempla com maior facilidade e perfeição.

Oração para antes do namoro

Senhor, estou diante de um templo onde Vós habitais. Amo-Vos presente neste templo e prefiro morrer a profanar este santuário mesmo por pensamento. Fazei que com este namoro eu aprenda a amar a Vós presente no outro, e assim descubra se foi este (esta) quem escolhestes para estar a meu lado por toda a vida. São Rafael Arcanjo, que conduzistes Tobias e Sara e lhes ensinastes a pureza do coração, fazei que na obediência aos mandamentos, possamos glorificar a Deus para sempre. Amém.

3 comentários:

  1. Acho que a fonte é:

    http://www.providaanapolis.org.br/namoro.htm

    Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz

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    1. Salve Maria!

      Agradecemos o seu interesse em nos ajudar a encontrar a fonte e o autor do texto. Mas cremos que o autor do catecismo do namoro não é o mesmo do artigo do link que nos mandaste, pois os textos são diferentes, apesar de tratarem do mesmo assunto.

      Em JMJ,
      Grupo São Domingos de Gusmão.

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    2. Na verdade, se você considerar somente as respostas, o texto é exatamente o mesmo! Leia-os. O link que eu te passei é a mais antiga fonte encontrada pelo Google, datada de 2001, confira:

      http://is.gd/vzSbQx
      (Acesse o link acima ou selecione uma frase do "Pequeno Catecismo do Namoro", coloque ela entre aspas no campo de busca do Google, e selecione um intervalo de tempo personalizado nas ferramentas de busca. No link, eu selecionei o intervalo de 1980 há 2002.)

      Entretanto, o mesmo padre diz de onde ele tirou (isto eu só vi agora): "de um pequeno panfleto para os jovens, datado de 1992". Confira:

      http://www.providaanapolis.org.br/castidad.htm

      Alguém guardou por quase 10 anos este panfleto, então este padre publicou na internet. No decorrer dos 10 anos seguintes, o texto se propagou, ganhou o formato de perguntas e respostas e teve seu título alterado. Que trajeto! =)

      Utilizando-se da ferramenta de busca do Google (aumentando gradualmente o intervalo de tempo) é possível até saber, possivelmente, quando o texto foi alterado e por quem, inclusive constatar que os erros ortográficos que não existiam no texto original foram provenientes da alteração, como a parte "prepara ou apressa" que depois da alteração ficou "prepara o apressa". Além de outras coisas.


      VCR!
      J.

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Em JMJ,
Grupo São Domingos de Gusmão.