27 de janeiro de 2011

Carlos V ou a salvação da Cristandade - Rosa Nougué

Cada época tem — por providência divina — o santo ou o herói de que necessita, que torna possível um equilíbrio histórico, que compensa uma desordem do mundo. Que teria sido da Cristandade sem São Francisco ou São Bernardo, e o século passado sem um Padre Pio, que em suas chagas expiava talvez muito da crise desencadeada na década de 60? Essa espécie de equilíbrio espiritual da história que recai sobre alguns indivíduos é uma dialética mais profunda e misteriosa que qualquer dialética histórica. Como teria sido a história, perguntamo-nos, sem Carlos V?

Quando a Rainha Isabel, a Católica, soube que seu neto, Carlos, nascia no dia de São Matias daquele 1500, comentou: “A sorte caiu sobre São Matias”. Intuía que aquele menino que nascia em Gante, e cujo sangue era, como diz Ximénez de Sandoval, um cruzamento de caminhos — Trastâmaras, Áustrias, Borgonheses —, teria uma missão enorme: a de salvar a Cristandade. O que não sabia a rainha era até que ponto o neto estrangeiro seria espanhol entre espanhóis, outro Quixote, como o chama Menéndez Pidal.

A sorte caiu sobre São Matias. No entanto, Carlos V não é tão extraordinário por sua missão em si, mas por ter sido muito simples e fiel em levá-la a efeito, por não ter poupado nada de si mesmo nessa escalada que foi conter da e com a Espanha uma Europa prestes a perder a fé católica num cenário desolador: Lutero, Henrique VIII, Francisco I — cuja infidelidade chegou até a ajudar os turcos —, uma Itália — e uma Europa — ferida pelo Renascimento, pontífices manietados por pressões políticas, o inimigo do Oriente. E a Espanha sozinha… Como disse Menéndez Pelayo, “na luta religiosa a Espanha desceu sozinha à arena”. Mas desceu por um Áustria e uma Avis — Carlos e Isabel —, quando a nenhum monarca europeu interessava como a eles lutar pela fé, quando nenhum além deles tinha por princípio de vida e governo servir a Deus. E esse triste fato se refletiria nitidamente na famosa batalha de Lepanto, quando à Espanha de Felipe II, tal como se dera com Carlos V, caberia travar quase sozinha uma batalha que ganharia providencialmente. E é o mesmo Menéndez Pelayo quem melhor retrata aquela missão única, que consistia em “salvar, por ministério do jovem de Áustria, a Europa Ocidental da segunda e derradeira ameaça do islamismo; romper as hostes luteranas nas marismas batavas, com a espada na boca e água até a cintura; e entregar à Igreja Romana cem povoados por cada um dos que lhe arrebatava a heresia”. Porque, graças a Deus, do outro lado do Atlântico uma geração de homens cheios de coragem e fé inauditas erguiam igrejas e iam construindo, com aquele magnífico corpo de leis da pena do próprio imperador, outra Espanha.

A Cristandade perplexa

O panorama de sonolência e pusilanimidade dos monarcas europeus do XVI seria pintado por Chesterton com poucas pinceladas, num de seus magníficos poemas, “Lepanto”: “A fria rainha da Inglaterra se contempla em seu espelho / A sombra do Valois está bocejando na Missa / Como que de fantásticas ilhas crepusculares retumbam os canhões da Espanha […] / Só um príncipe sem coroa se levantou de um trono sem nome […] / O último cavaleiro de Europa empunha as armas [...]. Dom João de Áustria vai à guerra.”

Pusilanimidade, desejo de poder, tibieza religiosa vinda já desde o Renascimento, e que foi definida pelo imperador como “a Cristandade perplexa”.

A diferença entre Carlos V e seus contemporâneos é que a linha de pensamento e de ação do imperador nunca muda, tem sempre o mesmo objetivo: “guerra ao infiel, paz e concórdia entre as nações cristãs, erradicar a heresia, convocar o Concílio de Trento, tornar católicas as Índias”, enquanto o restante dos monarcas muda constantemente de comportamento. Daí que os monarcas momentaneamente aliados ao imperador lhe dificultem os movimentos. A Espanha e Carlos V, sozinhos e tenazes. As páginas das sucessivas Instruções a Felipe, os discursos, as cartas, as Memórias têm por eixo as mesmas idéias que não conseguem concretizar-se no restante da Europa; são uma escola de perseverança.

Que teria acontecido, então, sem o imperador? As nações que ainda continuavam católicas teriam sido absorvidas ou pelos protestantes ou pelos turcos. Porque o rei francês, Francisco I, que não hesitou em aliar-se com Barba-Ruiva — excelentemente retratado pelo hispanista francês Jean Dumont —, ameaçou, emulando a Henrique VIII, constituir na Francia uma Igreja nacional; enquanto Lutero arrastava um grande número de almas, e alguns dos papas de então não se decidiam a realizar aquele concílio que Carlos V pedia repetidamente para fazer frente às heresias e às desordens que assolavam a Igreja.

Carlos desembarca com sua corte estrangeira numa Espanha que o vê com profunda desconfiança. É um adolescente que vem tomar posse de uma herança que desconhece, de um povo que desconhece. Ainda vive sua mãe, Joana, no convento de Tordesilhas, incapaz de governar, tendo por companhia uma pequena filha que de uma janela vê as outras crianças brincar. A Espanha é fiel a Joana e rejeita Carlos; só um homem como Cisneros consegue que Carlos se torne rei, de modo estranho: rainha e rei “governando”, madre e filho. Carlos não conhece Castilha, mas a tem no sangue. E ali começa a trajetória extraordinária daquele homem, que poucos anos depois de chegar à Espanha era o herdeiro cabal dos princípios da monarquia hispânica.

Em 1521, Carlos — um rapaz ainda — defronta-se em Worms, Alemanha, com ninguém menos que o monge Lutero. Carlos quer escutar suas razões (que desconhece ainda) porque sabe que a Igreja deve ser, como o foi na Idade Media, salva de toda corrupção que penetre nela, “reformada” apenas nesse sentido; sabe que ela deve reluzir verdadeiramente seu corpo e seus sacramentos, sua natureza divina; e teme — como demonstrou a rápida adesão de homens da Igreja ao anglicanismo e ao protestantismo — que a infecção do humanismo tenha penetrado demasiado nela. Crê então que vai escutar um homem que se queixa de tal estado de coisas, e depara com um herege, com outra religião, com a doutrina da justificação e com um desprezo profundo pelos sacramentos. Escuta-o sem dizer nada. E durante “uma noite de inquietação, encerrado sozinho”, como diz Menéndez Pidal, redige o documento que respondia a Lutero. É seu primeiro grande documento, já não como rei espanhol, mas como Imperador. E é um papel ardente de seu punho e letra, que o define completamente:

“Sabeis que descendo dos imperadores mais cristãos da nobre nação alemã, dos Reis Católicos da Espanha, dos arquiduques da Áustria, dos duques da Borgonha, todos os quais foram, até a morte, filhos fiéis da Igreja de Roma, defensores da fé católica, das práticas e costumes do culto, santificados nos decretos; que tudo isso eles me legaram depois de sua morte, e seu exemplo foi norma de minha vida. Portanto, estou decidido a perseverar em tudo aquilo que se determinou desde o Concílio de Constança. Pois é evidente que só um irmão está no erro ao arrostar a opinião de toda a Cristandade, já que, em caso contrário, seria a Cristandade que durante mil e tantos anos teria vivido no erro. Portanto, estou decidido a empenhar em sua defesa meus reinos e domínios, amigos, corpo e sangue, alma e vida. Pois seria uma vergonha para Nós e para vós, membros da nobre nação alemã, se no nosso tempo e por negligência nossa entrasse no coração dos homens ainda que fosse apenas uma aparência de heresia e menoscabo da religião cristã. Depois de ter escutado aqui o discurso de Lutero, digo-vos que lamento ter titubeado tanto tempo em proceder contra ele. Não voltarei a escutá-lo jamais: que se respeite seu salvo-conduto; mas daqui por diante o considerarei como um herege notório, e espero que vós, como bons cristãos, ajais conseqüentemente.”

O que Carlos disse na Alemanha foi “a manifestação mais profunda e importante de sua juventude”, diz-nos o biógrafo alemão do imperador, Carlos Brandi.

Oito anos depois, Carlos V se entrevistava com o Papa Clemente VII — que tinha formado uma liga com o rei francês e Henrique VIII — e “pediu a Sua Santidade que, como medida muito importante e necessária para remediar o que estava acontecendo na Alemanha e tentar atalhar a propagação, na Cristandade, da heresia luterana, convocasse e reunisse um concílio geral”. O Concílio se abriria sob Paulo III, e teria a sessão de encerramento no tempo de Felipe II. Sua abertura, pode-se dizer sem rodeios, se deve à insistência do Imperador. E, com efeito, a vida de Carlos V é marcada por uma série de insistências: insiste com Francisco I em tê-lo como irmão, insiste com os monarcas e príncipes europeus em que vivessem em ordem e voltassem à fé católica, insiste com os papas em que se realizasse o Concílio. Por isso Carlos V se lamentava em suas Memórias de que as conversas com Paulo III em 1536, novamente a respeito da postergada abertura do concílio, tivessem ficado “em água de barrela”. Quantos lustros desde que Lutero elaborara sua heresia! E não por acaso participaria ativamente no Concílio tão grande número de teólogos espanhóis.

Vejamos como explica Carlos, no discurso de Madri de 1528, quando parte para entrevistar-se com Clemente VII, o porquê do Concílio: “A finalidade de minha ida à Itália é para procurar e trabalhar com o Papa para que se realize um Concílio General na Itália ou na Alemanha para desarraigar as heresias e reformar a Igreja; e juro por Deus, que me criou, e por Cristo, seu filho, que me redimiu, que nada neste mundo tanto me atormenta como a seita e heresia de Lutero, acerca da qual tenho de trabalhar para que os historiadores que escreverem sobre como no meu tempo ela se erigiu possam escrever também que com meu favor e indústria teve fim. E nos séculos vindouros eu mereceria ser infamado e no outro mundo muito castigado pela justiça de Deus se por reformar a Igreja e por destruir aquele maldito herege eu não fizesse todo o possível e não arriscasse tudo o que tivesse.”

Por que a Espanha?

Carlos V, neto dos Reis Católicos, é em grande parte o criador da identidade espanhola. Não é justo dizer a “hispanização” do imperador; pelo menos, não apenas isso. Ele foi hispanizador. Por ele a Espanha se transformou no “coração da Cristandade”.

Mas por que a Espanha se manteve incólume à crise religiosa? Por que o Império de Carlos V continuava a linha religiosa dos Reis Católicos? Por que Carlos V se transformou no arauto mais fiel da Igreja Católica? Por que, como diz Menéndez Pelayo, a Espanha desceu sozinha à arena?

Espanha sempre mística. Dizia o pensador Ganivet: “O permanente na Espanha é o misticismo.” O pertencer à Igreja e o pertencer à nação se confundiam em uma só coisa. A consciência nacional crescia a par da fé, uma fé especialmente mariana e cultivada por uma geração única de místicos. E, quando dizemos místicos espanhóis, não só dizemos aquele grupo de contemplativos que forjaram em sua experiência a ciência mística; dizemos uma geração de homens que combinaram como poucas a oração e a ação – raiz e fruto. Dizemos que a Espanha se salvou pela piedade, e que a piedade deu soldados, homens e mulheres de ação. Só assim, nessa dupla vida da graça, “de dentro para fora”, se pode explicar esse fato. E esse perfil nacional-religioso só podia ter uma conseqüência: sobreviver à crise religiosa do Renascimento. Por isso se chegou a dizer que a Espanha não teve Renascimento, porque ela se destacou por não separar a Igreja da vida cotidiana, nem a Igreja da arte. Ela não tolerou o intento erasmiano de separar a imagem religiosa da realidade religiosa, nem poderia suportar que a sensibilidade viajasse por caminhos diversos do das coisas invisíveis. Tirar as imagens religiosas do altar era tirar aquilo a que era possível agarrar-se como um náufrago a um pedaço de madeira. E, precisamente, na Espanha, uma caudalosa literatura que não era religiosa se mostraria tão intimamente ligada ao religioso, como em todo o Século de Ouro, para vir a confirmar que a fé tinha impregnado tudo e vivia em todas as coisas. E isto é o que melhor nos diz se uma nação é ou não religiosa: sua arte não religiosa. Quando lemos o Cantar de mio Cid, o Romanceiro ou o Quixote é que vemos como a fé tinha penetrado até os ossos dos espanhóis.

A literatura espanhola fez sua, além disso, a figura desse cavaleiro medieval que foi Carlos V. Cantou-o em seu Romanceiro — pode-se ser mais espanhol? —, em belos versos de Garcilaso, em tantos outros de Hernando de Acuña; ficou para sempre seu nome no Quixote… A Espanha cantou Carlos V junto ao ideal religioso. Nunca aparece sem esse perfil. E podemos dizer que o grau de espanholismo de Carlos V corresponde sobretudo ao de sua religiosidade.

E dizíamos que Carlos V era comparado, ademais, pelo grande hispanista Menéndez Pidal, ao Quixote. Há passagens das Instruções a Felipe que correspondem letra a letra ao ideal do cavaleiro andante; aos conselhos do Quixote a Sancho sobre como governar; são lições de um estadista, que o situam, além disso, naquela geração única das armas e das letras. No testamento político do ano 48 — dirigido ao filho —, Carlos V resume sua vida em um parágrafo que é o corolário de um cavaleiro, ao mesmo tempo rei e imperador: o bom governo dos reinos deve resumir-se “na defesa, abrigo, sustento e reparo dos pobres, viúvas, órfãos e dos sós e desamparados, e que pouco podem [...] e que é muito comum desfavorecer, perseguir e estimar pouco […]. O servir a Deus e agradar-lhe ao tratar da exaltação de sua fé e nossa, e de seu aumento, honra e glória, é este o permanente reinar, sem o qual as mais erguidas monarquias vêm ao chão, e caem de joelhos; que façais isto, volto a admoestar-vos, e exortar e mandar, quanto a todas as coisas referidas, de modo que todas as demais sejam acessórias, e cessem e parem e calem em chegando a este ponto, pois nele consiste e se encerra todo o nosso bem”.

Foi, ademais, viajante absoluto; sua vida transcorreu sem descanso, de cidade em cidade, de batalha em batalha. E lutou também com uma ingenuidade quixotesca: um de seus maiores fracassos foi aquela confiança idealista em seu primo e cunhado, Francisco I, com quem firmaria o famoso tratado de Madri, que foi descumprido sem consideração pelo rei francês. Carlos V tinha aquela velha crença que impregna sua vida e seu ideal cavalheiresco: a crença na palavra. E sua política matrimonial com os reis quis ser, ademais, como o foi com os Reis Católicos, uma tentativa de conciliação política, de unir as nações pelo vínculo sagrado do matrimônio.

Isabel ou o segredo de uma vitória

Gênio político, coragem, uma fé inquebrantável, um amor profundo à Igreja, a seu povo — no mais amplo sentido de Cristandade —, uma espada na primeira fileira (como em Mühlberg), uma legislação extraordinária para as Índias, uma vida itinerante: um homem extenuado, que aos cinqüenta e seis anos abdica e se retira para rezar em Yuste, envelhecido e enfermo. Uma vida dedicada a uma vocação. Carlos V entrou para a história como um homem entre épico e rígido, mais de armas que de letras.

Mas conhecemos, em geral, só esta faceta, a mais externa. Há também sua pena, sim, com aqueles traços de seu temperamento, varonil, lacônica, que nos deixaria uma obra de uma prudência e medida excepcionais; além do já mencionado, um epistolário que constitui por si só, como disse a biógrafa da Imperatriz, Carmen Mazarío Coleto, uma fonte inestimável para o estudo do século de ouro das letras espanholas. Mas, dizemos, nem sequer é esta a sua faceta mais profunda, nem a mais íntima. Há outra, ainda menos estudada, mas que é a que estimulou e rematou a virtude do imperador, e que veio a temperar e dulcificar uma vida solitária e cheia de dificuldades: Isabel de Portugal, que explica a energia e o equilíbrio de seu reinado. Se é verdade que o amor conjugal sustenta as ações de um e de outro, há que dizer que neste caso se trata de uma relação, de um lar — nascido e constituído na Espanha — que exibe uma magnífica complexidade de virtudes, e que, se estava concertado de antemão, como ocorria tantas vezes, contou com a mão de Deus, que lhe deu todos os encantos e o afeto que podia potencializar o matrimônio. Tal entendimento e tal afeto, à luz de uma simples análise histórica, são muitíssimo reveladores, e seguimos as Sagradas Escrituras ao dizer que, se o homem brilha na Assembléia Pública, é porque há uma mulher valiosa que o ama e “enche de suco seus ossos”. Nesse sentido, um “sentimento” tem conseqüências tão históricas como a própria virtude dos monarcas para governar.

Carlos V se translada com Isabel para Granada — depois do belo encontro e bodas em Sevilha —, fica impressionado com a beleza do lugar, e ali começa a construir o famoso palácio que ele nunca viu terminado, aquele que queria para seu lar e que se transforma em símbolo de sua vida errante. Carlos, sempre quixotesco, manda importar para a Espanha, em homenagem à esposa, a flor do craveiro.

Isabel entrou para a história tão inadvertidamente como Carlos V encheu muitíssimos tomos. E isso é assim porque a natureza deste casamento era assim, por sorte. Ele é a parte mais visível dessa unidade preciosa e sagrada. Isabel trabalhou em silêncio e por trás, para ser vista não pelo mundo, mas por Deus. O cronista do Imperador, Alonso de Santa Cruz, a define como uma mulher discretíssima, formosa, algo melancólica — dessa melancolia doce dos portugueses —, nada vaidosa, cheia de uma fé límpida, simples. E assim se fez amar também pelo povo espanhol. Não por nada seu enterro foi dos mais populares, e levou São Francisco de Borja a deixar tudo e tornar-se jesuíta. Ela foi, além do mais, o melhor apoio político de Carlos V, regente da Espanha em várias ocasiões, nas quais demonstraria uma prudência à altura de acontecimentos difíceis. Quando Isabel morre, Carlos V se encerra alguns dias no convento da Sisla, em Toledo; já não deixaria um luto que Tiziano retratou. Em suas Memórias, diria simplesmente: “O imperador ficou sozinho.” Isabel lhe deixava, porém, um testamento sóbrio e cheio de profunda fé, que denotava também um temperamento extraordinário; um valiosíssimo epistolário impregnado das mesmas preocupações religiosas e políticas do marido; e aqueles filhos também chaves nesta história pública e privada, no trono um, no convento outra – Felipe II, Joana de Áustria.

Os dois últimos anos do imperador transcorrem tranqüilamente no Mosteiro de Yuste. No maravilhoso quadro pintado por Charles Van der Stappen, Carlos V, em primeiro plano, com hábito de monge, lê um livro de orações. Está sentado num chão nu, o que rodeia o último lar do rei sem lar; o fundo é ocre, terra sofrida de Cáceres. O artista retrata a humildade, a pequenez e a serenidade do monge, uma infância muito desejada por ele, uma vida voluntariamente entregue a Deus.

Fonte: http://www.co-redentora.com.br/?p=44

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Caro leitor, o seu comentário está sujeito a moderação. Se sua opinião é contrária a este artigo, seja educado ou seu comentário será apagado.

Em JMJ,
Grupo São Domingos de Gusmão.