9 de janeiro de 2012

Sobre a Pregação, a Verdade, e o Valor das Idéias Claras

Caríssimos leitores, Salve Maria!

Estou lendo um livro de Gustavo Corção a respeito da indissolubilidade matrimonial; bem no começo, ele explica que as pessoas normalmente, pelo modernismo, tem a mente obscurecida em muitas coisas, e não pode o pregador, em sua pregação, dar total valor às idéias que acha que são claras para todo católico. Pois para as mentes viciadas, muitas coisas não são claras. Pois muita claridade vem do hábito mental.

Achei interessante digitar a parte que diz isso, para futuros apostolados.

Att., Grupo São Domingos de Gusmão. 
       
"Muito pregador, sobretudo em nosso meio católico, tem o vício cartesiano de acreditar demais no valor das idéias claras; e daí passa a pensar, e a dizer que só por má fé não se convence quem o ouve. Parece-lhe que deve ser claro para os outros o que sente em si mesmo como claro, sem lembrar que, na falta de verdadeira evidência, muita claridade aparente vem do hábito mental, do sistema interior e inconsciente das idéias referencias.

A indissolubilidade conjugal não é uma idéia clara e comunicável por via demonstrativa, como a idéia do quadrado da hipotenusa. Torna-se clara em nós pela convergência de luzes que vem de outras idéias fundamentais, mas onde faltar essa organização interior, essa mentalidade predispósta, não podemos contar com o bom êxito da demonstração, e não é justo chamar de má fé essa terrível dificuldade que vem dos consolidados preconceitos subjacentes a quase tôdas as mentalidades de nossos tempos.

O pregador que não conhece a existência dessa dificuldade deve mudar de ofício, pois é quase certo que só consiga, pela jactância do tom, pela ostensiva alegria com que se apresenta como iniciado nas grandes verdades, e pela impaciência que demonstra diante das resistências, tornar antipática a causa que defende"

Que com o auxílio da graça, possamos ajudar as pessoas, cada uma em sua dificuldade, a sairem da escuridão. E ensina-las as verdades da Religião."

São Tomás de Aquino, rogai por nós!

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Em JMJ,
Grupo São Domingos de Gusmão.