Domingo de Ramos
A Semana
Santa começa com o domingo, chamado "Domingo de Ramos”, e que comemora a
entrada de Jesus em Jerusalém. Este evento, está presente nos
Evangelhos que contam a jornada de Jesus à cidade santa, para celebrar a
sua última Páscoa, com os discípulos. À chegada, Jesus foi recebido com
grande fervor e entusiasmo, nesta sua “entrada gloriosa” (Mt 21,1-11).
Nos dias de hoje, os fiéis levam para a igreja ramos de oliveira, a fim
de serem abençoados, como símbolo de sua fé. A procissão que introduz
esta celebração, convida todos os cristãos a saudar, e acompanhar, o
Senhor que entra em Jerusalém.
Os
primeiros dias da Semana Santa são marcados pela preparação, mais
imediata da Páscoa. A Sagrada Liturgia usa o “método vivo” que envolve a
quase reconstituição dos acontecimentos, que o Senhor vivenciou nos
seus últimos dias de vida terrena. Neste dia, se reflecte, em um momento
de descanso de Jesus, na casa de uma família que Lhe era, muito
estimada. A casa de seu amigo Lázaro (a quem Ele havia ressuscitado), e
de Marta e Maria Madalena. (Jo 12, 1-11).
Faltavam
seis dias para a Páscoa. E, enquanto estavam a jantar, Maria tomou um
vaso de nardo (um perfume autêntico e muito caro), e ungiu Jesus nos
pés, e depois enxugou-os com seus cabelos. A casa encheu-se da
fragrância do perfume. Tal gesto foi de imediato criticado por Judas
Iscariotes, que hipocritamente logo alegou que o dinheiro que valia o
perfume (valor calculado em trezentos denários, o equivalente a um ano
de salário de um trabalhador), poderia ter sido dado aos pobres.
Jesus
ignorou a crítica e, saindo em defesa de Maria, justificou o
“esbanjamento da unção”, estas palavras: “Antecipou-se a ungir o meu
corpo para a sepultura. Asseguro-vos que em qualquer parte do mundo onde
se proclame o evangelho, se recordará o que ela fez”. Jesus relacionou o
pormenor afectuoso, com o seu significado mais profundo: anúncio da Sua
própria morte, sepultura e ressurreição. O aroma que encheu a casa
previa, a fragrância do amanhecer da ressurreição no domingo da Páscoa.
Terça-feira Santa
È o
dia, em que com grande tristeza, Jesus anuncia a sua morte, causando
grande sofrimento aos seus discípulos. Anuncia também a traição, e
indica o traidor.
Judas sai possuído por Satanás, para trair o seu mestre.
(Jo 13,21-33_36-38)
Com isto
Jesus, manifesta em pleno o Seu amor por todos nós, e consciente aceita o
destino que O aguarda, como forma de mostrar ao mundo a glória de Deus,
e assim, para que a Sua salvação chegue até aos últimos confins da
terra.
Quarta-feira Santa
É o
4º dia da Semana Santa, e é o dia em que se encerra o período
quaresmal. Em algumas igrejas, celebra-se ainda neste dia a piedosa
procissão do encontro de Nosso Senhor dos Passos, com Nossa Senhora das
Dores. Ainda há igrejas que neste dia celebram o ofício das trevas,
lembrando que o mundo já estava em trevas aquando da proximidade da
morte de Jesus Cristo.
No evangelho
deste dia, é-nos apresentada a traição de Judas, descrevendo-nos como
este foi ter com os chefes dos sacerdotes, a quem se ofereceu para trair
o Jesus. Aceita assim, trinta moedas de prata como recompensa da sua
traição.
(MT 26,14-25).
Quinta-feira Santa
È o
dia da Última Ceia de Jesus Cristo com seus Apóstolos, onde Jesus
humildemente lavou os pés dos seus 12 discípulos. É no momento do
lava-pés que Judas Iscariote sai, para entregar Jesus em troca das 30
moedas de prata. (Jo 13,1-15) Foi aqui , que Nosso Senhor Jesus Cristo
instituiu o Santo Sacrifício como sua eterna memória, e em seu último
discurso, encorajou os discípulos a amarem-se uns aos outros. Depois
Jesus dirigiu-se ao monte de Getsêmani, tomou consigo três discípulos, e
começou a sua agonia nos jardins, onde foi preso pelos judeus.
A Quinta-feira Santa marca a transição de Quaresma para o Tríodo Pascal.
Na
Quinta-feira Santa acontecem as Missas dos Santos Óleos ou Missa do
Crisma (nesta Santa Missa são benzidos os óleos do crisma, dos enfermos e
do baptismo, onde também os sacerdotes renovam seus votos, e promessas
sacerdotais diante do Bispo), e a"Missa da Ceia do Senhor" (nesta
celebração encontramos o tradicional rito do “lava-pés” onde lavar os
pés do sacerdote para alguns membros da comunidade, em gesto simbólico),
lembra a última ceia de Jesus, em que Jesus instituiu o sacerdócio, e o
serviço com ele ligados: (1º Coríntios 11,23-26) ”Irmãos: 23.O que eu
recebi do Senhor foi isso que eu vos transmiti: Na noite em que foi
entregue, o Senhor Jesus tomou o pão 24.e, depois de dar graças,
partiu-o e disse: “Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto em
minha memória”. 25.Do mesmo modo, depois da ceia, tomou também o cálice e
disse: “Este cálice é a nova aliança, em meu sangue. Todas as vezes que
dele beberdes, fazei isto em minha memória”. 26.Todas as vezes, de
fato, que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, estareis
proclamando a morte do Senhor, até que ele venha”.
É nesta
noite que Jesus é preso, interrogado e ao amanhecer de sexta-feira,
açoitado e condenado. A Igreja inicia em vigília ao Santíssimo,
relembrando os sofrimentos começados por Jesus nesta noite. A Igreja
reveste-se de tristeza desnudando os altares, onde são retirados todos
os enfeites, toalhas, flores, e velas (tudo para simbolizar que Jesus
está preso e consciente do que vai acontecer Ele, em seguida).
Sexta-feira Santa
Também chamada de Sexta-feira da Paixão. Relembra, o dia em que Nosso
Senhor Jesus Cristo é crucificado (após sua prisão, Jesus é julgado e
açoitado; recebe a coroa de espinhos na cabeça; é levado á presença de
Pilatos, e depois de condenado carrega com a sua própria cruz, até ao
monte Calvário; ao meio-dia é crucificado entre dois ladrões e por volta
das três da tarde, Jesus morreu... o Seu corpo foi depois retirado da
cruz, e colocado num sepulcro cavado na rocha, pertencente a José de
Arimatéia).
(João 18,1—19,42)
Sexta-feira
Santa, é o primeiro verdadeiro dia do Tríodo Pascal, que abraça e
celebra os mistérios da morte (sexta-feira), do sepultamento (sábado) e
da ressurreição (noite de sábado e domingo durante todo o dia) do
Senhor. É celebrada a solene acção litúrgica, da Paixão do Senhor, e
acontece a Adoração da Cruz. Os celebrantes usam vermelho, a cor dos
mártires. Em alguns locais realiza-se a Procissão do Senhor Morto.
Neste dia, é
praticado o jejum, e a abstinência da carne em sinal de penitência e
respeito pela morte de Jesus Cristo. È recitada a Via Sacra no seu ponto
mais alto.
Sábado Santo
Também
era chamado de Sábado de Aleluia! Jesus permanece no sepulcro. Na
Vigília Pascal, os fiéis ainda estão à espera, na esperança da
ressurreição.
Neste dia,
como no dia anterior, não se celebra a Eucaristia. A única celebração é a
da Liturgia das Horas (oração pública e comunitária com o objectivo, de
recordar e despertar a reflexão, sobre o que é a obra de Deus). O único
Sacramento permitido neste dia é o da Confissão. No Sábado Santo,
inicia-se a Vigília Pascal, ao final do dia, e termina com o amanhecer
da Páscoa. (aonde se realiza a primeira entoação do Glória). Durante a
execução da Vigília, o celebrante abençoa o fogo, símbolo do esplendor
de Cristo ressuscitado que começa a dissipar as trevas do pecado e da
morte.
Domingo de Páscoa
Domingo
de Páscoa é o dia da ressurreição, onde Jesus se levanta de sua
sepultura, e vence a morte. É o dia do grande milagre! O dia em que
Cristo volta à vida através da Sua Ressurreição de entre os mortos. É o
dia em que se celebra a vida, o amor e a misericórdia de Deus.
Após morrer na cruz, o corpo de Cristo é colocado em um sepulcro, onde
permaneceu por três dias, até o Domingo de Páscoa, altura em que Ele
Ressuscita. (Mateus 28,1-10) (João 20,1-9)
“Não tenhais medo! Sei que procurais Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui! Ressuscitou, como havia dito!”
Em alguns locais executa-se a procissão da Ressurreição.
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Grupo São Domingos de Gusmão.